23 de janeiro de 2012

Era o último dia de Férias...

Quando eu não tenho nada pra fazer sabe, quando eu não quero conversar com ninguém no MSN, ou não quero tuitar, muito menos atualizar o Facebook, eu escrevo. Como assim escrever? Eu simplesmente comecei a escrever uma história e nunca mais consegui parar.

Já estou bem adiantada e estava pensando em começar a postar trechos aqui no blog. Por isso criei essa nova tag que chama "Era o último dia de férias". Por que? Bem, eu não tinha um nome exato para a história, por isso quando fui salvar o arquivo, o título automático que apareceu foi a primeira frase. "Era o último dia de férias" é a primeira frase do texto, e como eu ainda não arranjei um nome, esse virou o título provisório. Vamos logo a história?

"Era o último dia de férias. Um tédio tomava conta de mim, e uma empolgação também. Eu sabia que um mundo me esperava lá fora.

Tinha ido para vários lugares durante aquelas férias, que foi uma das mais divertidas que já tive. É estranho como tudo fica engraçado perto de quem se gosta. Essa viagem tinha tudo para dar certo. Na verdade, quase tudo.

Eu e meus amigos, Manuela e Rafael, tinhamos economizado o ano inteiro para essa viagem de férias. Só nós três, os três mosqueteiros. Começamos arranjando um emprego. Não foi nada fácil, no começo trabalhávamos de bico, cuidando de alguma criança, pintando alguma parede, coisas simples. Até que uma loja de doces nos contratou para encaixotar e colocar os doces no caminhão. Simples, mas cansativo.
E foi assim que conseguimos o dinheiro para a viagem, e também mostramos responsabilidade para nossos pais, que nos deixaram viajar por um milagre.

Tinhamos um plano: começar pelas praias mais lindas do país e depois ir direto para a Europa, expermirentar do frio e da neve pela primeira vez. É claro que nem tudo dá certo.

Quando chegamos em nossa primeira parada, Recife, um guia turístico veio nos buscar no aeroporto. Era um homem médio, moreno, cabelos negros e bem encaracolados, com um sorriso amigável e muito educado. Nos levou para vários lugares legais da cidade. E no final do dia, nos deixou em uma matinê que só tocava axé. Foi demais! O problema foi no dia seguinte.

Eu, como sempre fui certinha, não bebi nenhuma gota de alcool, que rolava solto na festa para quem quissese. Minha amiga também. Mas Rafael… Se perdeu no meio da multidão e só achamos ele uma hora depois, dormindo em um sofá. Isso já era uma coisa de se esperar dele. Era o típico menino arteiro. Era o palhaço da turma, e era de surpreender que seus dois melhores amigos fossem garotas. É claro que ele tinha amigos meninos, o mais achegado, quase um melhor amigo (ele se recusava a usar esse “título de garota”) era Marcelo. Eram inseparáveis. Eu mesma sabia disso muito bem, Rafa sempre foi meu vizinho, mas só começamos a ser amigos na 8º série. Ele sempre passava o intervalo com seus amigos garotos e eu com garotas, mas a hora perfeita para conversarmos era na volta da escola. Principalmente quando estávamos sozinhos. Não havia regras, e nós falávamos do que viesse a mente. Não existia aquela pressão e foram nesses poucos minutos por dia que percebi que havia encontrado um amigo para vida toda. Logo vieram os boatos de que estávamos juntos, mas nós ignorávamos. Não importa o que falassem, eu sabia que erámos só amigos.

Fomos para o hotel, pois já estava tarde e queriamos acordar para aproveitar o dia. Mero pensamento nosso. No dia seguinte, apesar das tentativas em vão do monitor de nos acordar, só saimos de casa as 13:00 para ir direto para a praia só ficar a toa, ignorando completamente as sugestões do guia e do pessoal do hotel. Tínhamos só mais essa tarde, pois no dia seguinte já estaríamos em Salvador.
O resto da viagem foi normal, com alguns imprevistos. Na pousada em que ficamos no Rio, que na verdade era uma casa de família, nos indicaram um lugar para alugar um gipe, e nós fomos. Obviamente pensamos que não precisava ser maior de idade para pilotá-lo. Inocencia da nossa parte, eu confesso.

– Eu dirigo! – disse Rafael assim que viu o gipe, estufando o peito e dando uma de corajoso. Típico dele…

E passamos por vários lugares e vimos algumas pessoas famosas. Mas na hora que uma blitz parou a gente, nem desconfiávamos daquele pequeno detalhe sobre ser maior de idade.

– Por favor, a carteira de motorista. – disse um policial grisalho com cara de que estava louco para que acabasse seu expediente.

– Não tenho, moço. Esse carro é alugado, não é nosso. Não precisa, não é? – Disse Rafael com um sorriso que dizia “por favor não me machuque”.

– Vocês vão ter que me acompanhar até a delegacia… – falou o policial sem perceber a gravidade de suas palavras. O que? Delegacia? Ninguém nos avisou sobre nada… Minhas pernas simplismente tremiam pelo desconhecido.

Depois de três horas, nós saimos da delegacia, uma viatura nos deixou em casa. O resultado foi um boletim de ocorrencias no nome de Rafael, uma multa para nós e para o cara que nos alugou o carro. Nada de mal para o primeiro dia…"



Um comentário:

Marcela disse...

Nossa, mt cute esse texto... Achei legal pkêe é diferente, não fala sobre amor e essas coisas, e ainda sim é bom. E isso é dificil de achar sioasiaosiaosioas